Um escritório de advocacia é uma grande conquista para o advogado que acabou de se formar, mas afinal, você sabe quanto custa para abrir e manter um escritório de advocacia em 2023?
O bacharel recém-formado tem pela frente uma série de opções de carreira, sendo possível optar por cenários distintos, que demandam ações também distintas. Uma quantidade significativa acaba considerando a possibilidade de abrir o seu próprio escritório e assumir essa responsabilidade.
Essa escolha nem sempre é fácil e é preciso um pouco de planejamento para que as coisas funcionem da melhor maneira possível. O valor a ser gasto com essa decisão e as providências a serem tomadas irão depender do formato de escritório a ser escolhido, além da opção de advogar com outras pessoas ou sozinho.
Com isso, preparamos um compilado geral de como as coisas podem funcionar, os possíveis valores envolvidos e as providências que não podem ser esquecidas, não deixe de acompanhar.
Mas antes vamos entender melhor a realidade dos escritórios de advocacia no Brasil.
Atualmente, mais de um milhão de advogados possuem cadastro ativo na OAB, e atrelado a isso temos o fato de que o mercado jurídico tem se reinventado e inovado mais a cada dia. Mas a tradição ainda impera entre os maiores escritórios de advocacia do Brasil.
Qual o maior escritório de advocacia do Brasil?
Segundo dados da Chambers & Partners e da Análise Advocacia, o Machado Meyer advogados une tradição e constante reinvenção para estar no topo das listas de maiores escritórios do Brasil.
Quais os melhores escritórios de advocacia?
Mas a pesquisa citada acima traz mais alguns entre os maiores escritórios de advocacia do Brasil. São eles:
- Pinheiro Neto Advogados
- Rubens Filho advocacia e assessoria
- Demarest
- BMA Advogados
- Siqueira Castro
- Santos Neto Advogados
- TozziniFreire
- Felsberg Advogados
- Souto Correa Advogados
Veja mais sobre cada um deles em matéria completa do nosso blog.
Agora, como chegar ao topo em um mercado tão concorrido?
Como escritórios de advocacia vêm contribuindo para uma gestão responsável?
Uma gestão responsável é fundamental para garantir o crescimento de escritórios de advocacia no Brasil, e se você está pensando em abrir o seu, já tenha em mente a lista abaixo, compartilhada pelo Aurum.
- Não perca tempo com atividades repetitivas.
- Não perca o controle sobre o que acontece no escritório.
- Não perca dinheiro e tenha uma boa gestão financeira.
- Mantenha a qualidade com o crescimento do escritório.
- Aperfeiçoe sempre o relacionamento com o cliente.
Com isso em mente, trazemos agora algumas dicas para iniciar o processo de abertura do seu escritório de advocacia.
Advogado sozinho
A opção de se juntar a amigos ou conhecidos nem sempre é bem vista por quem acabou de se formar, seja por uma questão de afinidade ou projeto profissional mesmo. Fato é que é possível seguir carreira sozinho, sem nenhum problema.
A única questão que fica aqui é com relação à divisão de responsabilidades e possíveis valores envolvidos em montar o próprio escritório.
Quanto custa abrir um escritório de advocacia sozinho
Antes de mais nada é preciso considerar que essa decisão faz com que todos os custos sejam centralizados no profissional que optou por montar o próprio escritório sozinho, mas isso não significa que o advogado em questão não possa utilizar alternativas.
Se a opção for pela constituição de um escritório digital, as despesas são consideravelmente menores, falaremos mais a respeito do tema nos tópicos abaixo.
No entanto, se o profissional acabar optando pela via mais convencional, de escritório físico, é preciso colocar na ponta do lápis todas as despesas embutidas nessa escolha.
Por certo que o valor a ser gasto irá depender de uma série de fatores, tais como:
- a cidade em que o escritório será fundado;
- se o profissional irá optar por comprar ou alugar um espaço;
- se haverá planejamento arquitetônico para composição do espaço;
- se será situado em prédio comercial;
- se contará com espaço privativo para reunião;
- se haverá contratação de uma secretária, recepção e tantas outras questões menores.
Partindo da premissa de um negócio mais enxuto e simples, podemos incluir nos valores a serem gastos o aluguel de uma sala – e se situado em prédio comercial, os custos de condomínio e demais despesas embutidas – água, luz e internet. Isso é o básico para uma sede física, sendo que precisamos incluir aí possíveis despesas com limpeza e manutenção.
O profissional precisará de instrumentos de trabalho adequados, como equipamento eletrônico e mobiliário, mais uma despesa a ser calculada no montante a ser gasto, além dos custos com transporte diário e alimentação.
A depender da demanda, uma secretária será indispensável e aí já calculamos mais algum dinheiro a ser despendido para montar o ambiente de trabalho de uma segunda pessoa, considerando mobiliário e equipamento, além, é claro, do salário e despesas previdenciárias.
Entretanto, uma alternativa a essa questão são as secretárias remotas. A grande diferença está no fato de exercer suas funções a distância, o que já reduz os gastos com equipamentos e encargos trabalhistas.
Isso porque as secretárias virtuais para advogado podem realizar as mesmas funções que as que vão presencialmente, como:
- atendimento telefônico ativo e receptivo;
- responder WhatsApp e outras redes sociais;
- tarefas administrativas;
- controle de agenda e compromissos;
- organização de arquivos digitais;
- planejamento de viagens;
- relacionamento com o cliente;
- organização das contas a pagar ou a receber.
A verdade é que as tarefas a serem desempenhadas pela assistente virtual podem ser acordadas diretamente com a profissional ou a empresa de terceirização, de acordo com as suas necessidades enquanto advogado.
Como falamos, essa opção tem um custo mais baixo, uma vez que não há vínculo empregatício, ou seja, não se tem a necessidade de pagar diversos encargos. Isso porque a contratação funciona como uma terceirização do serviço.
Além disso, você não precisará se preocupar em encontrar um espaço físico com mais uma sala para a secretária, o que poderia representar um gasto a mais.
Os equipamentos necessários para que a secretária faça o seu serviço, como telefones, computadores e outros, também não são mais uma preocupação do advogado.
O serviço de secretária virtual para advogado serve, inclusive, se você optar por ter um escritório digital. Por isso, vale a pena conferir todas as vantagens desse serviço.
Veja que todos esses valores são variáveis e dependerão da região da sede do escritório e das condições de quem irá bancar tudo isso. A desvantagem de encarar esse desafio sozinho é que as despesas iniciais são altas, além de que é preciso considerar os valores de manutenção dos meses iniciais, pois é possível que a clientela demore um pouco para chegar.
Considerando a média do mercado para todas as questões descritas – e desconsiderando a contratação de uma secretária – o montante a ser gasto poderá ultrapassar facilmente a casa dos 10 mil reais. Por certo que é possível diminuir um pouco os custos optando por coisas mais baratas e aumentar se considerar itens mais caros.
Advogado com sócios
Se a opção for dividir os custos e responsabilidades com sócios, as coisas ficam um pouco mais fáceis, afinal de contas, o profissional terá alguém para contar e dividir responsabilidades e despesas. A escolha de quem irá percorrer essa jornada ao seu lado é muito importante, além do acordo com relação a como será o trabalho, divisão de lucros e despesas, contratação de pessoal, etc.
Muitos escritórios acabam ruindo por falha de comunicação entre os sócios, então se atentar a esse tópico pode aliviar muitas situações de estresse lá na frente.
Quanto custa abrir um escritório de advocacia com sócios
Os custos envolvendo a constituição de um escritório físico entre sócios em pouco se difere dos valores para abrir um escritório sozinho, a diferença é que provavelmente o lugar deverá ser um pouco maior, para acomodar com conforto 2 ou mais sócios.
Os profissionais podem optar por algumas modalidades de constituição do escritório no que diz respeito à sua sede física. É possível alugar pequenas salas em conjunto com outros profissionais, dividindo apenas as despesas e mantendo seus negócios separados, configurando uma sociedade de custos. Ou há a opção mais tradicional de unir os custos e responsabilidades do negócio, firmando um escritório único.
Essas questões irão depender unicamente da vontade das partes envolvidas. A depender do tamanho do espaço, será o valor a ser acrescido, mas seguindo a média de mercado, terão que desembolsar valores na casa dos 14 mil reais, imaginando uma sociedade de 2 ou 3 profissionais, sem considerar despesas com projetos de design de interiores e contratação de secretária – mas incluindo a manutenção do lugar por um período de 3 meses.
Processos legais necessários para uma sociedade
Muito se engana quem acredita que é possível apenas começar a atuar, sem tomar as devidas providências legais. Atuar na informalidade pode gerar uma série de dor de cabeça aos advogados e mexer no bolso também.
A primeira coisa para começar a atuar na advocacia e pensar em uma futura sociedade é ser aprovado no Exame da Ordem, realizar o juramento perante a instituição e receber o seu número da ordem. Feito isso, o advogado estará habilitado para exercer a profissão.
Mas se a intenção é constituir uma sociedade, é preciso arregaçar as mangas para legalizar essa questão, isso garante uma maior tranquilidade aos sócios e evita futuros problemas.
A primeira coisa a fazer é registrar a sociedade perante a OAB, por meio do contrato social, mas não apenas isso. Outros órgãos importantes precisam ser “avisados” a respeito da criação da sociedade em questão, como a Secretaria da Receita Federal, Secretaria Estadual da Fazenda, a Prefeitura Municipal (ela irá emitir o alvará de funcionamento), Corpo de Bombeiros (responsável também pela autorização de funcionamento), bem como a Junta Comercial e o INPI.
Escritório de advocacia virtual
O chamado escritório digital tem caído nas graças dos advogados brasileiros e após meses de pandemia – e a ampla experiência de home office – é provável que passe a ser a realidade de muitos mais.
Quanto custa abrir um escritório de advocacia virtual?
Um escritório de advocacia virtual dispensa sedes físicas, utilizando outras opções para o atendimento dos clientes, sendo que o contato é majoritariamente pelo meio virtual.
Quando há necessidade de atendimento presencial, isso pode ocorrer em coworkings, cafés, por meio do atendimento domiciliar ou nos espaços compartilhados disponibilizados pela OAB para esse fim (essa ainda não é uma realidade em todas as seccionais, mas muitas já contam com essa facilidade).
Os espaços compartilhados disponibilizados pela OAB seguem a tendência dos escritórios compartilhados e da modalidade de atuação em home office. Isso porque oferecem estações de trabalho equipadas com tudo que é necessário para os advogados trabalharem, além de salas de reunião disponíveis mediante reserva.
Além disso, é preciso considerar todo o valor que não será gasto com aluguel, água, luz, internet, mobiliário e outras tantas que vem no conjunto de uma sede física. A economia aqui não é apenas de dinheiro, mas também de tempo, tendo em vista que não haverá necessidade de deslocamentos diários.
Por certo que a organização do profissional será maior, afinal de contas, o conforto de trabalhar de casa pode também ser bem cômodo e atrapalhar nas atividades do dia a dia.
Com isso, os custos serão bem reduzidos, tendo em vista que valores de água, luz, internet e aluguel serão pagas de qualquer forma, podendo haver ligeiro aumento. O advogado em questão precisa se atentar apenas ao equipamento a ser comprado para a realização das atividades (que pode ser o mesmo já utilizado para uso pessoal).
Regras da OAB para abrir um escritório de advocacia
Os advogados possuem certas limitações no que diz respeito ao exercício da profissão, a mais falada diz respeito a não mercantilização da profissão, tendo em vista que a profissão não deve ser encarada como comércio.
O artigo 5º do Código e ética assim preceitua:
Art. 5º – O exercício da advocacia é incompatível com qualquer procedimento de mercantilização.
Além disso, há uma série de questões às quais o profissional precisa se atentar, estando todas dispostas no Código de Ética da OAB.
Passo a passo para abrir um escritório de advocacia com pouco dinheiro
Como o planejamento é a alma do negócio, a dica de ouro é analisar todo o cenário antecipadamente e se planejar de forma satisfatória para não ter muitas surpresas no futuro.
- Não tome nenhuma decisão por impulso, analise suas opções com cuidado e imagine um cenário a médio prazo, considerando todo o investimento a ser despendido;
- Se fizer sentido para você, aposte em um escritório digital – isso irá eliminar uma série de gastos que podem pesar muito no orçamento no início da carreira. Queimar a largada pode fazer com que o profissional se frustre e isso acaba atrapalhando no desenvolvimento de sua carreira.
- Nesse cenário a dica é ter uma boa presença virtual, caprichando no site, nas mídias digitais e investir no marketing digital, esse será o meio mais certeiro de atrair clientes para o seu escritório e também o que o fará conhecido no meio;
- Caso opte por um escritório físico, preste atenção no que é estritamente necessário para começar. Por certo que muitos profissionais sonham com um ambiente de trabalho digno de grandes séries de TV, mas é preciso considerar que é melhor economizar no início para poder construir esse sonho no futuro. Um grande erro de muitos que estão iniciando é gastar todas as economias no início da carreira e sofrer as consequências futuramente, visto que nem sempre o retorno financeiro é imediato e a falência pode ser uma realidade;
- Tenha em mente que o faturamento do escritório pode ser pouco significativo no início, o que nos leva para uma dica muito importante: planeje-se financeiramente para bancar os primeiros 6 meses de custos de vida e manutenção do escritório, para evitar problemas.
É necessário alvará de funcionamento?
Sim, se a opção do advogado for em ter uma sede física para atuação profissional é preciso se dirigir até a Prefeitura Municipal e regularizar a questão do alvará de funcionamento.
Faturamento de um escritório de advocacia pequeno
Falar de faturamento de escritório de advocacia é um verdadeiro desafio, tendo em vista que dificilmente dois escritórios terão o mesmo faturamento anual.
Isso porque o valor obtido pelos advogados no final do mês depende de uma série de fatores, como a área escolhida para atuação, o local onde o trabalho é realizado, quantas pessoas compõem a equipe desse escritório, se ele tem sede física ou não, entre outras tantas variáveis.
Escritórios menores costumam ter um faturamento um pouco menor porque acabam focando em um nicho específico, atendendo uma quantia menor de clientes. Há escritórios com faturamento anual na casa dos R$ 70 mil e outros tantos que podem alcançar o patamar de R$ 500 mil, tudo irá depender do caso concreto.
Faturamento de um grande escritório de advocacia
Grandes escritórios possuem uma demanda de trabalho um pouco maior e podem atuar em várias frentes ao mesmo tempo, fazendo com que o faturamento seja maior.
Como destacado acima, tudo irá depender da área de atuação, o tempo do escritório no mercado e outros tantos fatores. Fato é que muitos grandes escritórios faturam verdadeiras fortunas anualmente, alcançando tranquilamente a casa dos milhões.
Faturamento de um advogado autônomo
Assim como é o caso dos escritórios de advocacia pequenos e grandes, o faturamento do advogado autônomo pode variar muito.
Algumas áreas são sabidamente mais lucrativas, então o segmento de atuação pode fazer com que um advogado fature R$ 2.500 mensais ou R$ 25.000, além de outras variáveis a serem consideradas, como o tempo de atuação, os diferenciais oferecidos na prestação de serviços, etc.
Marketing jurídico: quanto custa e como pode ajudar o seu escritório de advocacia?
O marketing jurídico virou a nova onda do mercado, e não é para menos: a prospecção de clientes pela internet e a presença digital dos advogados é o que o mercado está pedindo, obrigando os profissionais a se atualizarem nessas áreas.
Nessa era digital, a presença dos advogados nas redes sociais e produzindo conteúdo passa confiança aos clientes. A produção de conteúdo, inclusive, é a arma mais potente que o advogado pode usar na internet.
É certo que a clientela sempre busca profissionais que possam oferecer a maior segurança possível sobre a temática que tiveram problemas e a produção de conteúdo pode ser direcionada nesse sentido.
Se o profissional em questão demonstrar expertise no tema pelo qual foi procurado para atuar, maiores são as chances de uma possível contratação por parte do cliente. Com isso, produzir um conteúdo focado justamente em causas que se tem vasto conhecimento pode ser um grande diferencial para o negócio.
Quando falamos de marketing jurídico uma série de fatores precisam ser levados em consideração, mas o essencial é entender como utilizar essa ferramenta e se o profissional conseguirá realizar isso de forma autônoma ou precisará contratar outras pessoas para esse fim.
Com a crescente procura no mercado, é possível encontrar agências especializadas em marketing jurídico, ou seja, que possuem credibilidade no mercado, atuando de forma a não ferir os princípios da advocacia e o código de ética da OAB, além da expertise no tema.
Mas é possível também que o próprio profissional desenvolva essa função no seu negócio, o que irá exigir estudo e muita dedicação.
Seja na contratação de um serviço especializado em gestão de marketing jurídico ou se desenvolvendo na área, isso terá um custo, mas tudo irá variar de acordo com a necessidade do profissional.
Certo é que essa parte do processo de montar um escritório não deve ser negligenciada pelo advogado, pois pode ser o fator determinante para o sucesso do negócio.
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