O Direito sempre se destacou por suas regras específicas de cada aspecto que compõem a área, e com o marketing jurídico não é diferente. Portanto, até mesmo as fotos na advocacia precisam seguir uma série de exigências impostas pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Confira nesse artigo algumas das especificações prescritas pelo órgão.
Foto na advocacia: o que pode
Em geral, a fotografia na advocacia não segue diretrizes tão severas quanto outros aspectos, mas conta com algumas regras. É um tema que gera certa discussão, já que algumas pessoas acham melhor que não haja foto alguma no site. Porém, a fotografia pode auxiliar na conexão com o cliente, ao transmitir austeridade e prover ao usuário uma imagem base para depositar suas expectativas. Alguns exemplos de medidas permitidas neste âmbito são:
Fotografias na home page do site ou blog jurídico
Desde que compatíveis com a sobriedade da advocacia, como especificado no art. 31 do Código de Ética e Disciplina da OAB.
“INTERNET – PUBLICIDADE NA ADVOCACIA – EXISTÊNCIA DE REGRAMENTO. A publicidade do advogado e da sociedade de advogados na internet, através de ´home page´, está sujeita às regras estabelecidas no Código de Ética e Disciplina e no Provimento nº 94/2000 do Conselho Federal da OAB. Por ter o site, em análise, ofertado consultas gratuitas, veiculado a publicidade em conjunto com outra atividade, utilizado fotografias incompatíveis com a sobriedade da advocacia, utilizado meios promocionais típicos da atividade mercantil, utilizado nome fantasia e ofertado os serviços, com evidente implicação em inculca e captação de clientela, infringiu os artigo 5º, 7º, 28, 29 e 31, ´caput´, e § 1º, do CED e as letras ´d´, ´f´, ´k´ e ´l´ do artigo 4º do Provimento nº 94/2000. Nos termos do artigo 48 do Código de Ética, deverá o advogado ser comunicado preliminarmente que seu site está em desacordo com as normas éticas e, portanto, deverá cessar imediatamente sua veiculação, sob pena de vir a sofrer a competente ação disciplinar. Proc. E-3.144/2005 – v. U., em 19/05/2005, do parecer e ementa do Rel. Dr. GUILHERME FLORINDO FIGUEIREDO – Rev. Dr. ERNESTO LOPES RAMOS – Presidente Dr. JOÃO TEIXEIRA GRANDE.”
Foto na advocacia: o que não pode
Considerando que as normas tangentes ao que é permitido são amplas, fica mais simples demonstrar o que não é apropriado ou autorizado. Neste caso, o que não pode com relação às fotografias no meio jurídico são:
Fotografias em cartões de visita e fotos dos prédios dos Tribunais
“PUBLICIDADE – FOTO ESTILIZADA DE PRÉDIOS (TRIBUNAIS) E MONUMENTOS PÚBLICOS – UTILIZAÇÃO EM SITE DE ADVOGADOS OU SOCIEDADE DE ADVOGADOS – IMPOSSIBILIDADE. A linguagem em suas diversas formas, como as palavras, imagens, símbolos, entre outras, transmite e comunica experiências, estabelecendo uma identidade. Sumulando, uma imagem representa não só o que ela aparenta ser, mas muito mais que isso, e no plano da publicidade são inegáveis os efeitos das mesmas no plano subliminar, ou seja, tem o condão de atingir o subconsciente de forma dissimulada, quer pela repetição, quer por outras técnicas. Ora, a publicidade tem por finalidade primordial atuar sobre a mente dos consumidores potenciais, buscando predispô-los, favoravelmente, em relação a determinados produtos ou idéias, ou ainda a serviços, entre esses, a advocacia. O artigo 31 do CED comporta interpretação dúbia quanto à expressão “incompatíveis com a sobriedade da advocacia”, merecendo regramento específico, via resolução, se por parte do TED, ou provimento, se no âmbito do Conselho Federal da OAB. Enquanto tal não ocorre, cabe o exame caso a caso, devendo o Tribunal Deontológico fazê-lo, vetando a utilização de fotos de prédios e monumentos públicos, mesmo que estilizadas, com discrição e moderação, pois, dotadas de conteúdo subliminar, podem levar o espectador a estabelecer associações daqueles com o advogado ou sociedade de advogados, não condizentes com a realidade. Inteligência do artigo 31 do CED, Provimento nº 94/2000 do Conselho Federal da OAB, Circular nº 01/2006 do TED–I, processos E-1.237/95, E-3.048/04, entre outros deste sodalício. Proc. E-3.346/2006 – v. M., em 17/08/2006, do parecer e ementa do Rev. Dr. FÁBIO KALIL VILELA LEITE, vencida a Relª. Dra. MARIA DO CARMO WHITAKER – Presidente Dr. JOÃO TEXEIRA GRANDE.”
Fotos de cunho pessoal e fotos extravagantes
Imagens que retratam cenas e/ou atitudes incompatíveis com a seriedade da profissão são proibidas.
Além destes pontos a serem observados, já foi ressaltado em mais de uma ocasião que o Código de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil não proíbe a inclusão de fotografias e afins em material publicitário, desde que compatíveis com a sobriedade da advocacia.
5 dicas para fotos de advogados profissionais
Antes mesmo de dar início ao ensaio fotográfico, é preciso ter ideia do que será feito. Pense em posições, pesquise dicas de poses e iluminação, e claro, sempre pense no público que irá acessar essas fotos e na imagem a ser transmitida. Hoje em dia os clientes buscam uma humanização das relações, então nem sempre apenas algumas fotografias tradicionais são a melhor opção. Algumas dicas de produção de uma imagem adequada ao público alvo do escritório são:
- Tome cuidado com os fundos. Tente variar um pouco o local das fotos, mas é interessante que haja pelo menos algumas fotos com um fundo branco simples. Esse tipo tradicional de imagem pode ser muito versátil.
- Para evitar que as roupas dos fotografados se misturem ao fundo, oriente todos a virem com roupas mais escuras de tons sóbrios, para contrastar com o fundo geralmente claro.
- Para que não haja confusão, deixe sempre muito claro o dia e horário combinados com antecedência, e informe a todos os funcionários sobre esse compromisso.
- Preste atenção nas fotos em grupo. Não é legal cada um fazer uma pose totalmente diferente, pois pode resultar em uma imagem desconexa. Combine antes com seus colegas e façam poses similares ou que pelo menos tenham o mesmo estilo e transmitam a mesma visão do escritório.
- Já na parte mais técnica, a configuração mais recomendada para receber o arquivo é 300 DPIs (alta resolução), ideal para ser usada em material impresso e 72 DPIs para ser usada em arquivo digital. Considere a opção de fazer outros ajustes técnicos, como recorte de fundo e composição de peças gráficas, com o auxílio de um designer gráfico.
Foto na advocacia para o site de escritório: como escolher?
Tiradas as fotos para o material publicitário do escritório, chega o momento de escolher as melhores para serem usadas. Esta etapa é muito importante, pois ainda que dentro dos parâmetros definidos pelos órgãos responsáveis, a fotografia escolhida pode definir o tom da relação entre advogado e cliente, pois afeta diretamente na imagem que o usuário associa ao representante do escritório. Algumas sugestões para escolher o retrato ideal são:
- Atente-se à linguagem corporal. Seu posicionamento pode carregar uma mensagem que nem sempre é a ideal a ser transmitida. Procure ser sempre autêntico e verdadeiro, pois isso traz uma naturalidade reconfortante.
- Caso queira parecer determinado e confiante, faça sem exagero, para que não pareça falso ou forçado. Alguns ainda insistem que braços cruzados remetem à arrogância ao invés de confiança. Para evitar essa imagem, recomenda-se que, caso faça questão de cruzar os braços, o faça de maneira mais aberta, com as mãos apoiadas nos cotovelos e parte dos dedos à mostra
- Tudo bem querer parecer sério, mas não há problema algum em sorrir. Alguns clientes preferem pessoas mais sorridentes, pois isso transmite leveza.
- Tente variar os ângulos e iluminação, para que assim as fotos não fiquem tão parecidas com tantas outras já existentes e se tornem mais memoráveis.
- Fotos do ombro ou cintura para cima são geralmente mais recomendadas do que fotos de corpo inteiro
- Opte por roupas elegantes mas não extravagantes, com o objetivo de transmitir uma imagem elegante. Padrões, estampas, listras e outros podem não ser a melhor alternativa. Cores sólidas e mais escuras que seu tom de pele são apostas mais garantidas para uma imagem profissional.
- Para escritórios que contam com vários funcionários, pode ser interessante trabalhar uma ideia de unidade, mas ainda assim dando o devido destaque a cada um dos membros.
A importância das fotos no marketing jurídico digital
Apesar de nem sempre ter o destaque merecido, as fotos usadas nas campanhas e ações de marketing jurídico digital tem se tornado pontos essenciais de conexão com o cliente, pois permite a criação de uma imagem alinhada ao que o escritório deseja transmitir no mercado.
Alguns advogados optam por não contratarem um fotógrafo profissional, sem perceberem que a imagem utilizada está diretamente atrelada à primeira impressão que o visitante terá tanto do prestador de serviço quanto do escritório em geral. Essa figura deve transmitir seriedade e credibilidade, atributos alcançados com fotos que reúnam qualidade profissional, cenários apropriados e posicionamentos corretos.
Deve-se sempre levar em consideração que estes arquivos irão ser usados não só no site ou blog do escritório, mas também nos perfis de redes sociais (como LinkedIn, Instagram e Facebook), divulgações de possíveis palestras a serem ministradas, artigos para mídia, entrevistas, etc.
Portanto, é de extrema importância que o advogado conte com mais de uma fotografia de qualidade, para que possa sempre mandar a que melhor se encaixa nas exigências da ocasião, sem a necessidade de repetição da imagem mas sempre com a clareza de que é a mesma pessoa.
Com essas dicas de ouro, não há motivos para subestimar o poder de uma boa foto na advocacia para vincular à imagem do escritório, certo? Adoraríamos responder suas dúvidas ou até ver as fotos de seu ensaio fotográfico nos comentários.
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